sábado, 2 de julho de 2011

Decisões, decisões, decisões…

Nos últimos dias tenho andado muito atarefado, os pobres dos meus neurónios (os que restam) andam numa luta constante a tentar “TOMAR UMA DECISÃO”. Tem havido assembleias de neurónios, referendos, votações e… nada, os pobres coitados não se entendem nem se conseguem desentender, uma confusão total.

Perante um cenário destes, lá tive de intervir e chamar os pobres coitados à razão, tentei perceber o porquê de tamanha azáfama, porque raio não conseguiam chegar a acordo e tomar a decisão para a qual os tinha desafiado.  Pedi-lhes que olhassem para trás (não das costas, mas no tempo) e pensassem, quantas decisões tinham tomado que REALMENTE fossem diretrizes de vida, da nossa vida (minha e deles)… por momentos ficaram a olhar para mim com um ar embasbacado, como que a dizer – este passou-se, claro que tomámos dezenas de decisões dessas – mas, os momentos foram-se alongando e nada. Até que lá num canto, junto à orelha direita, se ouviu uma voz!

Lembro-me que à muito tempo atrás decidimos casar!”

depois de uns momentos de silêncio, outra voz se fez ouvir:

Pois, e de outra vez decidimos ter filhos!”

novo silêncio para logo se quebrar com outra voz:

E também houve uma vez que decidimos comprar um carro!”

ao que logo se seguiu um chorrilho de vozes:

Comprar um carro?? qual deles?? achas que isso foi diretriz de vida??, nada disso! Essa não teve peso suficiente para ser considerada uma diretriz de vida!”

depois de restaurada a acalmia, lá houve mais uma voz aventureira, desta vez junto à orelha esquerda:

E daquela vez que optámos por um emprego mais arriscado mas que era o que gostávamos em detrimento de um mais certo e fácil mas que não nos dizia nada, essa conta?”

sim, essa conta, todos concordaram.

Depois de mais uns longos minutos de silêncio, os meus amigos neurónios lá chegaram à conclusão que nada mais tinham para dizer. No fundo, em algumas dezenas de anos de existência aqueles pobres diabos só tinham tomado 3 ou 4 (sim porque me lembro de pelo menos uma que não lhes ocorreu… já conto), dizia eu, só tinham tomado 3 ou 4 decisões que realmente podiam ser consideradas “diretrizes de vida”.

Depois desta conversa com os meus amigos neurónios, lá chegámos à conclusão que, afinal, a decisão que tínhamos para tomar não era assim tão difícil. Esta decisão nunca seria uma diretriz de vida e, com o espírito mais aliviado, lá nos decidimos por ir passar o fim-de-semana no campo em vez de ir para a praia!

Agora a sério, não sei se é só comigo, mas não consigo encontrar, ao longo da minha vida, mais do que meia dúzia de decisões que REALMENTE foram diretrizes de vida!

Já agora, uma delas e que os “piquenos” não se lembraram, foi a decisão de viver cada dia com “Ganas de Viver”!

GdV

4 comentários:

  1. Por momentos assustei-me, pensei que tinha havido algum grave problema, mas fiquei feliz por ser uma mera decisão de fim-de-semana no campo ou na praia!

    Ganas de viver é que é essencial, isso sim!!

    Beijinhos e bom fim-de-semana!
    Sú (continuo sem conseguir comentar com a minha conta)

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  2. Obrigado pelo comentário Sú, tens razão o essencial é ter "Ganas de Viver", o resto vem por arrasto :)

    Já agora, tenho passado no teu blog mas não consigo comentar os "posts" :(

    E que história é essa do "Talvez este blog esteja a chegar ao fim, talvez, veremos..."??

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  3. Adorei a parte da conversa dos neurónios. De facto, passamos a vida a achar que tomámos grandes decisões, decisões que nos mudam a vida e se formos a ver... não é bem assim.
    Confesso que também me agradou ser uma decisão do fim-de-semana. Mas faz-me lembrar que por vezes damos tanto valor a uma decisão como essa, quando o importante é que estejamos em família.

    Beijinho**

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  4. Olá "Ganas"!
    Nem tinha reparado que me tinhas respondido ao meu comentário e respondendo a este e ao q fizeste no meu blog, acho que por agora não faz sentido escrever porque não estou a escrever com total sinceridade, isto é, não escrevo aquilo que me apetece, escrevo apenas coisas que sei que não faz mal que pessoas que eu conheço saibam, não porque as coisas q quero escrever são más mas sim porque ás vezes gosto q as pessoas que conheço as descubram pq se deram ao trabalho de falar comigo e não porque as leram.
    Em suma, há gente a mais a saber da existência do blog.
    Beijinhos e obrigada por gostares de "me" ler!
    Sú (continuo sem conseguir comentar aqui com a minha conta)

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